quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lá fora faz um céu claro. De olhar, eu tive a impressão de poder ficar ali apenas observando e acreditando que não cansaria nunca daquilo. Tentava identificar as constelações, mas  tudo que via fazia algum sentido. Cada agrupamento se apresentava como uma. Aqui, restavam três pessoas, as quais dormiam ou estavam tão quietos, absortos em seus pensamentos que davam a impressão de estarem todos dormindo, num repouso que trazia inveja aos meus olhos. Todos em si. E eu emanava tudo de ruim que havia dentro de mim. Parecia estar sendo expurgado. Me sentia leve e calmo. Mas nunca esperava o repouso. Aqui, eu sentia que zelava por eles. Para que não deixasse que nada acontecesse enquanto se afogavam em sua tranquilidade. E o mais frágil se erguia solitário. Se fazia forte ali.

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