sábado, 21 de maio de 2011

Me desculpem

Desvairos no América

Venta frio e eu queria ter fixado melhor aquela garota vestida de roxo que tão bem me fixou na saida do metrô. Em consideração a atual situação, não sei dizer se me fixava mesmo ou se era apenas outra viagem minha. Existem tantas coisas das quais eu queria me lembrar melhor hoje, para não ver se eram apenas as impressões tão fortes que me assomavam naqueles momentos, onde por um instante, tudo parava. É bizarro hoje ver as pessoas assoando seus narizes e jogando baralho, algo que observando de longe, não parece fazer o menor sentido. Não consigo entender nada do que dizem. É uma roda onde tudo gira muito rápido. Muita coisa passa em alta velocidade em minha cabeça. E por alguns lapsos de lucidez, tudo ali parece ser apenas um grito bem abafado, tentando chamar atenção em meio uma multidão insana. As coisas aqui nessa cidade estão assim, e eu estou com bastante medo de me perder, se é que isso já não aconteceu há algum tempo. Só falta uma luz iluminar o palco. Eu só não sei se estarei lá quando isso acontecer. Existem muitos vagabundos por aqui, de todos os tipos. Aqueles que odeiam a família e destilam suas desilusão ao vento, na esperança de que isso chegue em algum lugar e faça algum sentido, que isso traga um certo tipo de compensação por tudo aquilo que aparentou ter se perdido, sendo que na verdade aquilo que almejam sempre esteve ali ao alcance. Isso é normal, mais normal do que se imagina por aí. Não dá pra ficar tranquilo. Não dá vontade. As vezes as cosias ficam tão claras que me assusto muito, pois vejo o quão ruins elas realmente são.

Foda-se
cansei mais uma vez

terça-feira, 3 de maio de 2011

Amanhecia o dia e a chuva que teimou em cair durante todo o dia escolheu a hora mais oportuna para deixar de teimosia. Era maio. O céu laranja e as luzes amarelas da rua davam um cenário de filme europeu.  Maio parecia com Dezembro na altura e nunca senti minha casa tão distante..