segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

 O fato de já ser dezembro me assusta, e muito. Esse ano praticamente não existiu. Muitas mudanças durante um ano tão efêmero. É difícil assimilar tudo. Foi tudo tão rápido. Acho que posso contar mais um ano perdido. Se a vida não ameaçasse acabar em um piscar de olhos, talvez eu aceitaria isso melhor. Não que me importe com o fato dela se extinguir assim, mas é que realmente, tem sido uma sequência de anos perdidos. É tudo repetição de repetição. Sempre. A cabeça mudou bastante mas isso ninguém nota. Ninguém se importa. E eu já não quero que vejam. Basta eu saber disso. Ao menos eu tenho consciência daquilo que se passa aqui dentro. Isso deveria bastar. E basta. Só não sei como encontrar o caminho. A resposta sempre se encontra onde sempre esperamos. Mas sempre camuflada, escondida atrás das coisas mais triviais e por isso ignoramos.
O ano vem chegando ao fim. E muita coisa finda com ele. Não vou falar que espero uma reviravolta magnífica na vida. Muito pelo contrário. Encaro esse término com um  grande pesar e descrença. Não adianta falar que é fácil, que é simples. Talvez seja. Até agora minha cabeça não percebeu isso, ou não aprendeu. Deficiente como sempre. Não faço a menor idéia das expectativas pro próximo ano. Não sei o que os outros esperam. Mas a cada dia que passa eu tenho mais certeza. Cada dia que rumamos ao futuro as coisas só parecem piorar. Não espero mais nada.

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