terça-feira, 9 de novembro de 2010

O sol levantava-se e a luz a cada segundo a luz tomava conta de tudo. Deitado de barriga pra cima observava tudo. As coisas foram ficando mais nitidas e era uma boa hora para se levantar. Os mesmos pensamentos de sempre corriam em volta da cabeça. As vezes um ou outro ameaçava romper a grade que se encontravam e quando isso acontecia, uma dor percorria o corpo. Era sempre o mesmo teimoso de sempre, que apesar de todas as recriminações não tomava jeito. Era difícil lidar com ele. Não era como os outros. Esse ia além da rebeldia. Era mau e gostava de machucar. Ele era um câncer. Contaminava tudo com sua perversidade e não importava o quanto lutava para o controlar. Ele sempre daria um jeito de se esquivar, ou de se esconder até que as coisas se acalmassem e pudesse voltar a dar trabalho por aí. Sempre se aproveitava de alguma fragilidade de seu hospedeiro e vinha querendo mostrar um pouco de compaixão. Chegava e o abraçava, dizia que tudo ia ficar bem e por um segundo, a pessoa acreditava. Mas quando uma luz, por mais tímida fosse iluminava aquele malandro, suas verdadeiras intenções eram reveladas como um raio-x. A batalha retomava e sempre após cada  trégua, ele ganhava forças. Ele não seguia um padrão e esse era o problema. Era impossível prever de que forma ele agiria. De quais fraquezas ele se aproveitaria. Se ergueu como um gigante e dessa vez ele sentiu que não haveria luta. Não naquele dia.

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