quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Metamorfose

Metamorfose

"Do tempo de onde não mais pássaros voavam
De como o suave calor matinal não se sentia
Num estupor de impunibilidade e pura inquietação
Me veio como sinal

Não obstante no tempo da ecdise dos escorpiões
Elísias estepes me encurralaram
E como se ilegitimidade se tornasse realidade
Me veio como escudo

O plácido lago azul se fez por pouco tempo
Na breve calmaria as estepes viraram montes
Montes chamados sala de aula
Me veio como aprendiz

Com uma pedra lançada a tormenta chegava
Em tempos de dilatação das impossibilidades
Um gigante me desafiou
Me veio como reposta

Nas lembranças de um futuro
O sol brilha sem arder
Às mudas apenas a nostalgia
Das salas de aula só restaram a Arcadia
Tempestade que virou brisa marinha
Me veio como só ela sabia vir a mim"


Barion Santos

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