sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Era como tentar arrumar tudo no escuro, sem saber o que era o que, ou onde ia aquilo daí vinha a vontade de sair, de ir embora e nem voltar mais e entregar aquela bagunça a quem ela realmente pertencia. Todo mundo sabe que a casa do capeta não se arruma, pra quem só consegue tentar então era algo descabido. Mas como? Como prestar atenção em meio tanta desorganização, tantas pontas soltas... Aí tudo fica escuro mesmo e difícil de achar o que se perdeu há tempos. Assim a gente tropeça, esfola o nariz no chão e fica procurando sua dignidade ali, sua hombridade e tudo que você nunca teve. Tinha um verdadeiro buraco negro que sumia com tudo, até com o que nem existia mais, e ainda ontem eu pude jurar ver alguém saindo de meu banheiro.

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